"Será assim tão difícil responder?"


Aconteceu-me algo que sinceramente não estava a contar, isto tudo por causa da atitude da pessoa em questão.

Estava a sair de casa e decidi levar o caixote, que serve para colocar os itens recicláveis e é mais fácil depois, descer a rua e separar de acordo os ecopontos. Falava muito animada com a minha irmã e mostrava-lhe uns objetos que não sei bem como foram lá parar mas que não davam para reciclar, quando dou conta que alguém tinha acabado de chegar para fazer o mesmo que nós. Como fui bem educada, virei-me sorridente e disse bom dia. Por incrível que pareça ou não, alguns terão outra opinião, a pessoa não proferiu qualquer palavra ou mostrou algum gesto, simplesmente continuou o que estava a fazer. Só peguei no caixote e vim embora totalmente abismada porque estava literalmente ao lado da pessoa e ignorou o que disse.

Agora pergunto, “Será assim tão difícil responder? Ou sorrir, por exemplo?”

Desde novinha que os meus pais me ensinaram que, quando alguém passa por nós e nos cumprimenta, devemos retribuir porque fica bem e não parecemos rudes. Eu vejo como um ato de pura simpatia com quem passa, cresci e continuei a fazê-lo igual. Tive algumas situações em que ignoraram o que disse mas lá continuei o meu caminho sem pensar muito nisso. Por vezes, o dia não nos corre bem, o nosso humor não é dos melhores e não ouvimos nada nem ninguém, resumindo, um dia mau. E não julgo ninguém, nem sempre as coisas correm como queremos. Começámos a manhã com a cabeça para os pés e os pés para a cabeça e o dia continua a pregar-nos rasteiras, contratempos, etc. Porém, nunca deixei de dar um simples “Bom dia” só por me sentir mais em baixo ou irritada ou o que for. Contudo isso sou eu.

Fiquei mesmo incomodada com a situação e a atitude… Mas pronto, cada um é livre de responder ou não.
Segunda pergunta, “E se fosse ao contrário? Se essa pessoa me cumprimenta-se e eu responde-se? Iria questionar-me? Ficaria sentida?” Não saberemos.
No entanto, acho que não custa nada equivaler o mesmo gesto se alguém nos saudar. Eu continuarei a fazê-lo, sempre animada.

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