Missão delicada

Quando escrevo, faço-o porque sai de mim naturalmente e nada é forçado. Ultimamente sinto uma barreira entre mim e o papel… Não é a primeira vez e não será a última. Geralmente acontece por andar sem vontade de me expressar e guardar o que sinto ou penso no meu interior. São fases que vamos passando na nossa vida. Podia forçar a escrita mas não sairia verdadeira e pessoal como gosto de fazê-lo.

Para quê fazê-lo se não passam de palavras camufladas?


Contudo, esta semana foi cheia de emoções e infelizmente, algumas não muito felizes… O que me fez olhar novamente para o papel, pegar num lápis e deixar fluir tudo e mais qualquer coisa, que a minha alma e mente tinham para dizer.
Uma das coisas que vou escrever hoje é sobre algo que já redigi e que tem aqui no blog mas se acharem demasiado repetitivo, convido-vos a lerem outros textos que existem por aqui.

“Sentir a falta de alguém será sempre complicado de gerir quando não se encontra fisicamente.”É difícil quando perdemos alguém mas esta semana estive no lugar de querer retirar essa dor porque quando gostamos de alguém e esse perde uma pessoa que lhe é querida, nós partilhamos desse sentimento por sabermos o que custa… É muito bom termos um abraço ou carinho daqueles que são importantes (família, amigos,…) e é essencial termos a capacidade de oferecermos apoio, disponibilidade, palavras,… Tentar acima de tudo aliviar o que sentem, mesmo sabendo que é uma missão delicada.

A vida é feita de momentos bons e menos bons. E devemos estar em todos, não faria sentido escolhermos só os bons porque quando nos acontece a nós, queremos que aqueles que gostamos estejam connosco, independentemente da situação.
E para aqueles que recentemente perderam alguém, que já não se encontra fisicamente convosco, não tenham receio de chorar porque não é sinal de fraqueza. Demonstra o quanto era e é importante para vocês. Alivia um pouco, pelo menos os nós que sentimos na garganta vão saindo e fica muito mais fácil respirar. Não tenho uma receita eficaz para retirar todas as sensações que possam sentir e apesar de falarem do tempo, vão fazendo as vossas coisas calmamente. Escrevam para mim ou para vocês ou para alguém ou ouçam música, qualquer coisa que vos ajude a aliviar o que vai dentro de vocês.

Como escrevi noutros textos sobre a pessoa que era como minha mãe e deixei de a ter presente fisicamente… “E guardem essa pessoa no vosso coração, onde estará para sempre seguro.”

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