Noite Silenciosa...

Silêncio…

Alguém já pensou na noite silenciosa?
Adoro trabalhar durante a noite. Os pequenos sons que são reproduzidos em qualquer lado, onde os loucos gritam com o peso do álcool a correr nas veias ou simplesmente fazem-no para libertar. Entre a simplicidade mágica e o homem ridículo que perturba a magnífica paisagem escurecida. Se fechares os olhos, até o vento te acaricia a face, agradecendo pelo respeito e ternura com que aprecias o momento.
Parece complicado mas não é!

Dei conta estes dias que a noite e o silêncio encaixam perfeitamente. Para todos os tipos de momentos, redigir um trabalho, sair com os amigos, ter um momento mais íntimo com a família ou alguém especial,…

Sempre achei a noite completamente misteriosa e cheia de encantos que nem sempre vemos. E como sou uma pessoa observadora, de poucas palavras faladas (mais escritas), muito cedo comecei a tratar o silêncio por tu. Sei que muitos dirão que é um disparate do tamanho do mundo, que não existe lógica nenhuma.
Agora pergunto-vos “Já tiveram aquele momento em que qualquer tipo de som vos cansava a mente? Que tapar os ouvidos não era suficiente? Que tornava-se tão sufocante, que só queriam ter um botão para desligar?”

É difícil quando por alguma ou nenhuma razão tudo à nossa volta nos incomoda e queremos aquela paz sem descrição. O dia torna-nos agitados e a noite, acalma a alma mais inquieta. É mais fácil quando compreendemos algo que não dávamos importância, do que quando precisamos dela tentarmos a todo o custo alcançar e não conseguimos… É frustrante e deixa-nos cada vez mais sem paciência…
Juntar o belo e o incompreendido e fazê-lo parte de nós, é o conforto de uma voz sussurrante. É algo que não se define e só quem a quiser realmente sentir é um afortunado!

Com tanta poluição sonora, sabermos aproveitar o silêncio da noite é um mundo onde a respiração e o vento são uma linguagem sem tradução. E acreditem que é maravilhoso! É o que costumo de chamar de “simplesmente simples”.

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