Medo

Aprendi que as coisas fáceis, por vezes, trazem maiores obstáculos…

Falarmos de assuntos que não temos conhecimento pessoal, seja qual for, é difícil porque queremos dizer aquilo que é o mais acertado e não aquela desconcertante palavra menos apropriada. Respeitar os sentimentos da outra pessoa.
Estava a pensar no que poderia transmitir e como um clique, uma pequena matéria veio à minha mente…
Há uns tempos atrás, escolhi um caminho por puro medo do que o outro me poderia trazer ou revelar.

Medo de falhar…
Medo de desiludir…
Medo de errar…
Medo de mostrar que era aquilo…
Medo de não ser boa o suficiente…


Neste momento, vejo-me dividida em acabar algo que já não me chama a atenção e concretizar um sonho, de ser escritora e simplesmente escrever. Mesmo no começo senti que lutaria contra mim mesma e que não seria algo fácil… quando algo é natural, fluí na nossa mente e navega até ás nossas mãos.
Constantemente fervilhavam palavras, gritavam para que as coloca-se numa folha e ignorava ou escondia de tudo e todos. Acreditem que chegamos a uma altura que não conseguimos conter e por muito que insistas, só continuas com uma tortura sem necessidade. Corrói, arranha, dói… e é na alma que sentimos tudo isso.

Dan Brown diz,

“Os homens percorrem distâncias muito maiores para evitar aquilo que receiam do que a obter aquilo que desejam.”

Não diria ou definiria melhor…
É um facto que percorremos caminhos infinitos para não mostrarmos o que queremos. Fazemos manobras ridículas para que, de alguma forma, até a nós nos confunda. Parece uma sequência sem fim…
Para não referir que o peso e a motivação andam de mãos dadas. Um para relembrar que custa e outro a tentar continuar. E olhando para trás vemos que foi penosos, fatigante, incomodativo e todos os restantes sinónimos.

“No outro lado de cada medo está a liberdade.”
                                                                                                                                      Marilyn Ferguson

Não precisamos de outra coisa temporária!
Precisamos de algo que ao acordarmos, nos provoque um sorriso por dedicarmos o nosso tempo a isso. Coragem de dizer “Tenho medo mas desta vez ganho eu!”. Eu ainda tenho medo de escrever porque para mim, é uma aprendizagem contínua e será sempre assim. Essa é a diferença! Mesmo com este receio todo, olho a escrita nos olhos e deixo-me levar pelo que o meu coração sempre quis.

Não existem palavras para redigir o que se sente quando se ultrapassa o obstáculo chamado “Medo”.
Será sempre teu, por isso, enfrenta-o!

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