Há 18 anos atrás...

Há 18 anos atrás nascia um rapazito…

Aos meus olhos eras um bonequito e que, por enumeras razões choravas por qualquer coisa. Falavas e eu não te entendia basicamente. Foste crescendo e não sei porquê mas eu e tu sempre tivemos uma ligação. Um elo de irmãos, apesar de sermos primos. Seguias-me para todo o lado, como aquela relação entre o Pooh e o mel, ficavas tão exausto das nossas brincadeiras que acabavas sempre por adormecer no meu colo, até a ver desenhos animados e mais recentemente no cinema, em que encostaste a cabeça no meu ombro a ver um filme que querias muito e eu lá te fiz a vontade.

No entanto, as nossas aventuras não foram só essas! A minha mente está cheia de momentos bons e menos bons.


Entre desabafos, partilhas e conselhos, criamos um mundo onde sabemos que estamos seguros e que somos dois em um. Quase.
Não sei se é verdade e só tu o poderás dizer, porém, muita gente que nos conhece diz que foste moldado por mim, onde a tua linha de pensamento amadureceu. Não acho que seja inteiramente assim, acredito que tenhamos pedacinhos de cada um e que ao longo do tempo se estabeleceram na nossa alma.
Sim tens mais altura que eu e sabes porquê? Ás vezes tive de te puxar as orelhas! Brincadeirinha.
Tentei ensinar-te e transmitir-te o que fui aprendendo e vendo, posso dizer que sinto orgulho (espero que o ego não cresça). É tão verdade que estes dias me deixaste de coração cheio porque contei-te algo que no fundo eu desconfiava que sabias e só confirmaste isso. Não precisamos de palavras para nos compreendermos.

Não te esqueças que errar faz parte e arrisca quando o teu coração te disser para o fazeres. Eu continuarei aqui para ver as pegadas que vais deixando na terra que pisas.
Algo meu para ti:

“Olha com olhos de ver! A maior parte do tempo não vemos o que está à frente do nariz e quando pensares, reflete mesmo, não faças de conta.”

Há 18 anos atrás nascia um rapazito…
E hoje, começas um caminho com escolhas próprias…

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