“A Tragédia Dessa Geração é o Corpo Bonito e a Alma Feia"

O mundo está cheio de pessoas que, só olham para as aparências. Os anos passam e é sempre o mesmo, todas plastificadas por fora e por dentro, mais vazias que um poço seco. Não sei porquê esta obsessão pelo que está por fora, parecemos aquelas publicidades que vem nos folhetos ou passam na televisão, não sentem que, de certa forma são um produto e estão a vender-se? Já estou a ser má, eu sei, mas não é o que parece?

Como um grande amigo me lembrou estes dias, até Dante descreveu o inferno com se fosse o espelho da terra. Para quem desconhece, o período do século XI ao XIII foi marcante para a expansão do inferno cristão. A crença no maligno aumentou o medo frente ao desconhecido e possibilitou a estruturação de um inferno punitivo. O poeta Dante Alighieri construiu uma geografia para o inferno, paraíso e purgatório cristão por meio das representações colectivas do homem medieval.


Será que somos assim tão fúteis?

Muito sinceramente, não sei o que ganhamos com isso. O nosso interior deveria complementar o nosso exterior e não ao contrário, até porque a nossa personalidade nasce de dentro para fora, isto é, com o passar do tempo vamos construindo aquilo que somos e guardamos até termos certeza que podemos mostrar do que, realmente somos feitos. O que mais detesto é sermos julgados ou postos de lado, por causa do nosso exterior só porque somos diferentes das pessoas com “Corpo Bonito”. Claro que existem excepções e espero não estar enganada!

No entanto, não passa de ser uma geração triste com Corpo Bonito e a Alma Feia.
Preferia que fosse, Corpo Feio e Alma Bela, isso sim merecia um aplauso. Pensem bem naquilo que são e não se ofusquem com plásticos baratos.
O interior ainda conta!

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